O Ibiti Projeto nasceu na Fazenda do Engenho, em 1982, e hoje é um dos melhores exemplos de turismo regenerativo no Brasil. Em mais de 6 mil hectares de área em rewilding, o antigo território de fazenda foi devolvido à Mata Atlântica e ao Cerrado de altitude, com foco na recuperação da fauna e da flora nativas e no fortalecimento da economia local. O resultado é um refúgio de montanha onde hospedagem, gastronomia e experiências estão sempre alinhadas a um propósito: criar um ambiente fértil para o florescimento da felicidade, em sintonia com a natureza e com as comunidades vizinhas.
As hospedagens se dividem em três conceitos principais. No Ibiti Village, o hóspede vive o clima de uma vila típica do interior de Minas, em Mogol, com pouco mais de vinte moradores e onze casas cuidadosamente restauradas. Ali estão endereços cheios de personalidade, como a Casa Guimarães Rosa, ampla e ideal para famílias, a charmosa Casa Thomas Sowell, lofts como Confúcio e suítes acolhedoras como Ayn Rand, Wangari e Marco Aurélio, todas com vistas para o vale, lareira ou varandas que emolduram a paisagem.
No Engenho Lodge, a experiência é a da clássica fazenda mineira com conforto contemporâneo. As suítes amplas misturam viga de madeira, pedra e tecidos naturais a amenities atuais, criando um equilíbrio perfeito entre rusticidade e sofisticação. Para grupos, a Casa Carlinhos funciona como a sede de fazenda dos sonhos: 300 m², três suítes, varanda com vista para o lago e decoração que valoriza o artesanato e o estilo mineiro. As diárias incluem café da manhã, almoço e jantar, sempre com foco em ingredientes locais e em uma operação mais sustentável – a casa, por exemplo, não serve carne bovina devido ao impacto ambiental.
A vertente mais exclusiva está nas hospedagens Remote, pensadas para quem busca privacidade total em cenários quase intocados. Casas como Isgoné, Spinoza, Viradouro e o Loft Epicuro ficam a até 1.500 metros de altitude, cercadas por montanhas, com lareiras, piscinas ou banheiras com vista e ambientes amplos em conceito aberto. Para esses hóspedes, o Restaurante Areião serve cozinha mineira caseira, muitas vezes diretamente na casa, sempre com ingredientes recém-colhidos e fogão a lenha como protagonista.
A gastronomia é um capítulo à parte. No Restaurante Yucca, no Village, o conceito é garden to table: cozinha integrada ao salão, menu orgânico, criativo e saudável, que valoriza os sabores da região sem abrir mão da leveza. Já no Engenho, o restaurante combina buffet de delícias mineiras no almoço e jantares à la carte, com receitas elaboradas em parceria com chefs como Claude Troisgros e Pablo Oazen. Em todos os núcleos, café da manhã, almoço e jantar estão incluídos na diária, o que reforça a sensação de casa de campo completa.
As vivências traduzem o espírito do Ibiti Projeto. Trilhas guiadas levam a cachoeiras, piscinas naturais e mirantes com vistas de tirar o fôlego. Programas de educação ambiental aproximam crianças e jovens das questões ecológicas, sociais e econômicas do território. Experiências gastronômicas, como piqueniques ao pôr do sol, almoços à beira de rio e jantares em grutas, exploram a riqueza dos cenários naturais. Já o pilar de wellness oferece spas, massagens e aulas de yoga em espaços silenciosos, sempre com a paisagem das montanhas como pano de fundo.
Ficar no Ibiti Projeto é mais do que se hospedar em um hotel de charme: é participar de uma iniciativa que reconstrói paisagens, fortalece comunidades e propõe uma nova forma de viajar. Um destino para quem quer luxo rústico, silêncio, natureza e propósito no mesmo roteiro.